Os inesperados benefícios do bem-estar para equipe
Nos EUA, os planos corporativos de Wellness já demonstraram que as empresas que promovem bem-estar ativamente são três vezes mais produtivas. Entre os colaboradores das companhias que aderiram a esses programas, 81% sentiram-se mais positivos em relação ao trabalho, 84% melhoraram sua capacidade de teamwork e 93% mostraram maior proatividade, segundo estudos.
Com esse intuito, o Luiz Nassif criou a Go!4Active para atender uma necessidade real e crescente nas empresas brasileiras de estimular bem-estar no ambiente corporativo. A Go!4Active é uma plataforma voltada para a necessidade de motivar, aumentar a produtividade e ajudar indivíduos que buscam uma qualidade de vida melhor, com foco nos aspectos físicos, nutricionais e psicológicos de cada um.
A plataforma de bem-estar permite à empresa mensurar facilmente o engajamento de seus colaboradores, estimulando a organização e permitindo o mapeamento de potenciais novas lideranças previamente não detectadas.
O programa é organizado por meio de desafios comportamentais, físicos e nutricionais customizados para o perfil de cada colaborador – nem fáceis e nem difíceis demais. Para isso, os participantes são convidados a responder um questionário sobre seus hábitos e costumes. A partir do resultado dos testes, cronogramas de tarefas são apresentados semanalmente para cada indivíduo, que passam a controlá-los por meio de uma plataforma digital.
Ao longo dos meses, cada profissional passa por uma experiência diferente e individual com perda de peso, mudanças dos hábitos alimentares e comportamentais, e uma nova rotina de exercícios para sair do sedentarismo. Como consequência, surge um novo espirito de competitividade interna saudável e trabalho em equipe.

Ambiente interno da plataforma digital
Entenda os perigos de ter maus hábitos alimentares no ambiente de trabalho
Com mais de mais de 30 anos de experiência, a nutricionista Tânia Rodrigues já integrou a delegação brasileira em três Olimpíadas (Sidney, Atenas e Pequim), além de ter feito parte das comissões técnicas do Sport Club Corinthians e do Clube de Atletismo da BM&F Bovespa. Nesta entrevista para o blog Guru Wellness, ela explica por que boa alimentação e produtividade têm tudo a ver!
Como a nutrição se relaciona com os outros dois pilares que definem a plataforma Go!4Active, a atividade física e a mudança de comportamento?
A nutrição, atividade e a mudança comportamental são os três pilares que devem caminhar juntos para o alcance de melhora na qualidade de vida e do bem-estar. Mudanças de hábitos requerem tempo, incentivo e estímulo durante um determinado período; só assim podem ser geradas mudanças comportamentais.
Como você definiria a relação entre a rotina de trabalho e a nutrição dos indivíduos nos dias atuais?
Muitos indivíduos trabalham sob pressão, lutando contra o tempo e em locais de trabalho não tão favoráveis para uma alimentação saudável. Além disso, a oferta de alimentos de rápido consumo (fast food) nem sempre auxilia na escolha correta da alimentação.
Dentre os principais erros podemos destacar:
- Comer na mesa de trabalho
- Pular refeições
- Ficar muito tempo sem se alimentar
- Comer muitos alimentos industrializados e poucos alimentos in natura (como frutas e nuts)
- Comer rápido
O que os empregadores podem fazer para melhorar o padrão nutricional de seus colaboradores?
Sabemos que os hábitos são influenciados na coletividade. Na escola, por exemplo, as crianças querem comer o que os colegas comem. Na adolescência, os grupos se reúnem para comer juntos na cantina, na saída da escola. No trabalho, a mesma coisa. É o local onde passamos maior parte do nosso tempo. Implantar hábitos de alimentação saudáveis faz com que o grupo estimule cada indivíduo.
Quais benefícios as empresas podem obter com a mudança nos hábitos nutricionais de seus colaboradores?
Diversos estudos mostram a diminuição do absenteísmo, do afastamento por doenças crônicas e a redução com gastos em saúde. Além disso, um funcionário com hábitos de vida saudáveis tem mais disposição e energia para o dia a dia.
Do ponto de vista da nutrição, quais são os ganhos individuais para os participantes de programas de wellness?
Melhora dos hábitos alimentares em geral, conhecimento de novos alimentos, descoberta de novos sabores, reeducação alimentar do indivíduo e de seus familiares (muitas das metas são realizadas na casa do colaborador, o que estende os benefícios do programa a seus familiares).
Trabalhe sua inteligência emocional e colha os frutos no trabalho
Por Victor Martinez*
A inteligência emocional é um dos aspectos mais importantes relacionados ao sucesso no trabalho. Manter uma boa interação com outras pessoas no convívio social deve ser uma meta a ser perseguida por todos.
Não se trata de ser bom ou leniente. Além de características como habilidade, conhecimento e experiência, a forma como nos relacionamos com colegas, gestores, subordinados, fornecedores e clientes é fundamental para um trabalho efetivo.
Inteligência emocional é importante nas áreas profissionais mais variadas, tais como liderança, gestão, trabalho em equipe e em projetos, bem como todos os tipos de relacionamento com clientes. Também afeta a família e a vida social.
É possível identificar o nível pessoal de inteligência emocional por meio de um questionário disponibilizado pela Thomas International. As pontuações do estudo comportamental tendem a ser bastante estáveis, tanto quanto sua personalidade básica. Porém, eventos profissionais e pessoais podem fazer com que aspectos da inteligência emocional oscilem.
As pontuações são relatadas em três tipos de faixas categóricas diferentes:
- Acima da Média (a partir de 70%)
- Média (entre 30% e 69%)
- Abaixo da Média (até 29%)
No grupo de resultados provenientes do questionário da Thomas, temos duas subcategorias relacionadas a pontuações Acima da Média, que são definidas como Otimismo (72%) e Felicidade (91%).
A felicidade ajuda pessoas a se sentirem bem, e isso influencia na saúde física. Além de fazer bem, ela tem o poder de ser contagiante. Clientes e amigos preferem conversar com pessoas mais animadas.
Enquanto a pontuação relativa à felicidade observa estados emocionais agradáveis no momento, a relativa ao otimismo mede a intensidade com que se vê o futuro positivamente. Essa pontuação identifica pessoas com condições de passar energia positiva adiante ao se depararem com projetos difíceis.
* Victor Martinez é CEO da Thomas International Brasil e Vice-Presidente de Operações da Thomas International Latino-Americana. É formado em análise de perfis pessoais pela Thomas International, na Inglaterra, além de Executive e Life Coach Certificado pelo Integrated Coach Institute. Foi o responsável pela abertura, pelo treinamento e pela consolidação dos escritórios regionais da Thomas na Argentina, no Chile, no Peru, na Colômbia, na Venezuela, na Costa Rica e no México.
Entenda por que se hidratar durante o exercício
Por Tânia Rodrigues*
Durante a atividade física, uma quantidade significativa de calor é gerada pelos processos de contração e relaxamento dos músculos em atividade. Essa elevada produção de calor é a principal razão fisiológica que nos leva a perder água e eletrólitos, o que aumenta as chances de uma desidratação imposta pela prática esportiva.
Entenda como funciona a perda de calor durante o exercício
A taxa de calor produzida pelos músculos ativos pode chegar a até 100 vezes a produzida pelos músculos inativos. Se o organismo armazenasse esse calor em vez de dissipá-lo, a temperatura interna se elevaria à razão de 1° C a cada 5-8 minutos (durante exercícios moderados), resultando em hipertermia (superaquecimento) e colapso do corpo em 15 a 20 minutos.
Para que isso não ocorra, o organismo possui um sistema muito complexo que sinaliza o aumento na temperatura interna e consequentemente ativa os reflexos associados à perda de calor.
A dissipação do calor em excesso pode ocorrer por meio de quatro mecanismos:
Irradiação – os objetos emitem continuamente ondas térmicas por irradiação. Normalmente, nós emitimos nosso calor para o meio ambiente, porém, em dias quentes, esta troca torna-se inversa, impedindo-nos de eliminar calor por este mecanismo.
Condução – a perda de calor neste caso envolve a transferência direta de calor por meio de um líquido, sólido ou gás, de uma molécula para outra. Durante o exercício, o calor é dissipado por condução para roupas, calçados ou materiais em contato com o corpo.
Convecção – é a transferência de calor para fluidos que se deslocam por conta da diferença de densidade. Moléculas de ar aquecidas sobem pressionando a camada de ar mais fria para baixo, o que origina as correntes de convecção.
Evaporação – a evaporação constitui a principal defesa fisiológica contra o superaquecimento. Nos dias quentes, principalmente, a eficácia na perda de calor por condução, convecção e irradiação diminui. O calor é transferido continuamente para o meio ambiente, à medida que a água é vaporizada pelas vias respiratórias e pela pele. Este mecanismo é muito eficiente, pois para cada litro de água vaporizada são eliminados pelo organismo 580 kcal.
Como desidratamos?
A produção e a liberação de suor se iniciam quando a temperatura corporal central é superior a 37 º C.
O suor pode ser produzido em resposta a um estímulo nervoso, à elevação da temperatura do ar e/ou por conta de exercícios físicos, e é produzido em uma glândula sudorípara écrina.
Quando a glândula sudorípara é estimulada, as células secretam um fluido (secreção primária) similar ao plasma, ou seja, basicamente composto de água, altas concentrações de sódio e cloreto, e baixa concentração de potássio, mas sem as proteínas e ácidos graxos geralmente encontrados no plasma. Esse fluido surge nos espaços entre as células, que o recebem dos vasos sanguíneos da derme. O fluido se desloca da porção espiralada e sobe por meio do duto reto. O que acontece no duto reto depende da taxa ou do fluxo de produção de suor.
A alta produção de suor que acontece em virtude do exercício físico faz com que as células, na parte reta do duto, não tenham tempo hábil para reabsorver todo o sódio e o cloreto da secreção primária. Assim, grande parte do suor chega à superfície da pele e sua composição é quase a mesma da secreção primária.
Portanto, a partir da elevada produção de calor imposta pelo exercício físico, ocorre a perda de água, sódio, cloreto e potássio, o que provoca a necessidade de repor essas perdas. Dessa forma, o cumprimento adequado das necessidades hídricas durante o exercício é considerado fundamental para o rendimento físico e deve ser continuamente estimulado.
* Tânia Rodrigues tem mais de 30 anos de experiência e já integrou a delegação brasileira em três Olimpíadas (Sidney, Atenas e Pequim), além das comissões técnicas do Sport Club Corinthians e do Clube de Atletismo da BM&F Bovespa.
Performance ao alcance de todos
Por Marcello Butenas*
Quando comecei meu trabalho de orientação e preparação de atletas, tinha a ideia de que a palavra performance estava diretamente ligada aos atletas de alto nível, já que o número de atletas praticantes (aqueles cujos objetivos pessoais nos eventos não é a vitória) era pequeno, e sua participação em competições, muitas vezes, acontecia de maneira tímida, pois a própria mídia e os organizadores ainda não conheciam o potencial desse grupo.
Mas, com o passar dos anos, os organizadores de eventos começaram a dar importância ao atleta participante da mesma maneira que ao atleta profissional, e os eventos começaram a crescer em número de participações graças à confiança e ao gosto adquirido por esses atletas.
Isso gerou uma reação em cadeia, já que impulsionou o mercado de orientação individualizada de treinamento, estimulou a formação das empresas de assessoria esportiva e criou uma nova modalidade de trabalho: a performance pessoal.
Dessa forma, consegui aplicar a palavra performance ao atleta praticante, já que ele é um atleta (por mais que muitos deles não se considerem) que tem como objetivo a performance pessoal – isto é, obter por meio do treinamento individualizado, dentro de seu universo e de suas possibilidades, o melhor de sua performance, de acordo com seus objetivos.
Cada atleta pode, junto com seu treinador, determinar quais serão seus objetivos dentro da prática do treinamento, seja ela simplesmente completar a distância de um evento, melhorar o tempo em determinada distância ou, finalmente, competir dentro do universo amador – para sentir o gosto de se chegar ao pódio dentro do grupo de atletas da mesma faixa etária.
Com este princípio claro, comecei a utilizar uma metodologia que parte da definição de um objetivo inicial para cada atleta e que, com o passar do tempo, estimula esse aluno a melhorar a sua performance pessoal (seus próprios tempos) de modo a sentir-se um atleta igual ao profissional que divide a rua com ele nas diversas provas de que participa.
A expressiva maioria, ou quase totalidade das pessoas que treinam comigo, é composta de atletas que praticam atividades físicas como forma de bem-estar e lazer; pessoas que têm suas próprias profissões, mas que na hora do treinamento e das competições tornam-se atletas com a meta de atingir sempre seus objetivos. Esses objetivos podem ser desafiar uma nova distância de prova ou tornar-se melhor em sua categoria.
Para os treinadores que não trabalham com o alto nível, também é uma grande oportunidade de aprimorar seus conhecimentos sobre como funciona esse tipo de orientação, já que o objeto é o atleta e cada um deve ter sua rotina específica com a sobrecarga adequada ao nível e ao objetivo. Não se deve exigir demais daqueles que têm objetivos menos agressivos e nem de menos daqueles que necessitam de um treinamento mais intenso para sua performance.
Performance é fruto de objetivos plausíveis para cada tipo de atleta. Cada um pode ter a sua!
Bons treinos!
* Um dos principais nomes do triátlon brasileiro, Marcello Butenas é formado em Educação Física pela Universidade de São Paulo e atua como treinador de triátlon e corrida desde 1990. Conta com uma assessoria multiesportiva que auxilia na preparação física das mais diversas modalidades e que atende cerca de 250 clientes das mais diversas faixas etárias de ambos os sexos. É o consultor multiesportivo da plataforma Go!4Active.
O que é, para que serve e quais cuidados ter com a creatina
Por Tânia Rodrigues*
O que é a creatina?
A creatina é sintetizada no organismo a partir de 2 aminoácidos: glicina e arginina, obtidos a partir da degradação de proteínas da dieta ou dos tecidos. É um composto que, combinado com fosfato, forma um elemento altamente energético encontrado nos músculos.
Qual a sua importância?
A fosfocreatina (creatina fosfato ou CP) mantém a concentração de ATP constante e em alto nível nos músculos esqueléticos. É a principal molécula de ressíntese de ATP nos primeiros 10 segundos de atividade máxima. A quantidade de CP disponível é provavelmente um dos fatores mais importantes para a fadiga após um exercício de alta intensidade e curta duração.
Quais as possíveis vantagens no emprego da creatina?
A suplementação de creatina pode aumentar a creatina intramuscular em 1/3, o que favorece a formação de creatina fosfato e, por sua vez, ajuda a manter uma potência máxima ou quase máxima durante mais tempo que o habitual. A creatina aumenta a força para exercícios de alta intensidade e pequena duração (até 30 segundos), como nos sprints, saltos e deslocamentos rápidos com mudança de direção. Também é considerada por estimular o crescimento muscular. Quando sua concentração é aumentada pela suplementação, a ressíntese de ATP é mais eficiente e a recuperação, mais rápida.
Creatina X Função renal
A principal função renal é manter o balanço homeostático em relação a fluidos, eletrólitos e solutos orgânicos. Os rins também age no controle da pressão sanguínea, na produção de glóbulos vermelhos na medula óssea e na produção da forma ativada vitamina D, que atua na absorção intestinal do cálcio.
A creatina é perdida pelo corpo na forma de creatinina, que é um constituinte natural da urina, utilizado em exames bioquímicos para medir a capacidade funcional dos rins.
Um nível elevado de proteína dietética provoca um aumento na produção e excreção da ureia, podendo causar assim uma sobrecarga funcional nos rins.
A utilização da creatina pode trazer algum risco à saúde?
Não existem estudos publicados que comprovem a associação da suplementação da creatina com danos renais e/ou hepáticos ou ainda cãibras musculares.
* Tânia Rodrigues tem mais de 30 anos de experiência e já integrou a delegação brasileira em três Olimpíadas (Sidney, Atenas e Pequim), além das comissões técnicas do Sport Club Corinthians e do Clube de Atletismo da BM&F Bovespa