21:09, 5 de fevereiro de 2016

O que é, para que serve e quais cuidados ter com a creatina

Por Tânia Rodrigues*

O que é a creatina?

A creatina é sintetizada no organismo a partir de 2 aminoácidos: glicina e arginina, obtidos a partir da degradação de proteínas da dieta ou dos tecidos. É um composto que, combinado com fosfato, forma um elemento altamente energético encontrado nos músculos.

Qual a sua importância?

A fosfocreatina (creatina fosfato ou CP) mantém a concentração de ATP constante e em alto nível nos músculos esqueléticos. É a principal molécula de ressíntese de ATP nos primeiros 10 segundos de atividade máxima. A quantidade de CP disponível é provavelmente um dos fatores mais importantes para a fadiga após um exercício de alta intensidade e curta duração.

Quais as possíveis vantagens no emprego da creatina?

A suplementação de creatina pode aumentar a creatina intramuscular em 1/3, o que favorece a formação de creatina fosfato e, por sua vez, ajuda a manter uma potência máxima ou quase máxima durante mais tempo que o habitual. A creatina aumenta a força para exercícios de alta intensidade e pequena duração (até 30 segundos), como nos sprints, saltos e deslocamentos rápidos com mudança de direção. Também é considerada por estimular o crescimento muscular. Quando sua concentração é aumentada pela suplementação, a ressíntese de ATP é mais eficiente e a recuperação, mais rápida.

Creatina X Função renal

A principal função renal é manter o balanço homeostático em relação a fluidos, eletrólitos e solutos orgânicos. Os rins também age no controle da pressão sanguínea, na produção de glóbulos vermelhos na medula óssea e na produção da forma ativada vitamina D, que atua na absorção intestinal do cálcio.

A creatina é perdida pelo corpo na forma de creatinina, que é um constituinte natural da urina, utilizado em exames bioquímicos para medir a capacidade funcional dos rins.

Um nível elevado de proteína dietética provoca um aumento na produção e excreção da ureia, podendo causar assim uma sobrecarga funcional nos rins. 

A utilização da creatina pode trazer algum risco à saúde?

Não existem estudos publicados que comprovem a associação da suplementação da creatina com danos renais e/ou hepáticos ou ainda cãibras musculares. 

* Tânia Rodrigues tem mais de 30 anos de experiência e já integrou a delegação brasileira em três Olimpíadas (Sidney, Atenas e Pequim), além das comissões técnicas do Sport Club Corinthians e do Clube de Atletismo da BM&F Bovespa

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